A instalação de uma fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, no estado do Mato Grosso do Sul, motivou a prefeitura a propor à Câmara de vereadores um projeto de lei instituindo o transporte gratuito na cidade.
Em sua mensagem ao Legislativo, o prefeito João Alfredo Danieze lembra que a demanda é antiga, mas agora ganha força após o início da construção da “maior fábrica de celulose do mundo“.
De acordo com o prefeito, a nova situação exigirá a criação de linhas de ônibus para “facilitar o dia-a-dia de todos os Munícipes que dependem de transporte para o trabalho ou de seus afazeres”.
A Suzano informa que o projeto demandará investimento total de R$ 19,3 bilhões e é considerado o mais eficiente da companhia em função do baixo nível de emissão de carbono previsto após o início de operação.
A nova fábrica também será a mais competitiva da Suzano em termos de custo caixa de produção de celulose, condição favorecida pelo menor raio médio das florestas que abastecerão a unidade e pelo volume de energia excedente.
O PL do Executivo solicita à Câmara a autorização para gasto no valor de R$ 3 milhões para instalar o transporte municipal, e adquirir três ônibus para iniciar as operações.
“O valor ora proposto para a aquisição é superior ao custo individual de cada ônibus, porém com folgas para gastos extras como, por exemplo, a criação de pontos específicos de embarque e desembarque, sinalização, publicidade etc”, diz o texto do Executivo.
“A aquisição envolve 3 (três) ônibus, sendo que dois serão suficientes e um deles será destinado a cobrir eventual manutenção, revisão, troca de pneu, etc”, conclui.
Ribas do Rio Pardo tem 23 mil habitantes, segundo o IBGE.
Mesmo sendo pequena, a cidade vive um boom de emprego com a instalação da fábrica da Suzano.
Em fevereiro deste ano, Ribas do Rio Pardo foi responsável pela geração de 1.461 dos 5.688 empregos com carteira assinada em todo o Estado do Mato Grosso do Sul. A principal razão para estes números significativos vem da Suzano, que hoje é dona do maior canteiro de obras da América Latina, em uma fábrica que vai produzir três milhões de toneladas de celulose por ano e, ainda nesta década, poderá ter sua capacidade duplicada – como ocorreu em Três Lagoas.