O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, rebateu nesta quinta-feira (31) as críticas de que a saída dos militares das tropas israelenses teria sido motivada por problemas com a corporação. Segundo Ahirara, os grupos fizeram um trabalho integrado e, juntos, resgataram 35 corpos da lama de rejeitos após a tragédia em Brumadinho (MG). Para exemplificar a sinergia entre eles, Aihara afirmou que a cada corpo encontrado pelas equipes de resgate, em vez de fazerem uma oração em respeito à vítima, acordou-se em fazer um minuto de silêncio, devido às diferenças culturais entre brasileiros e israelenses.
Até o início da tarde desta quinta, 99 corpos haviam sido encontrados, e desses, 57 foram identificados. Há ainda 257 pessoas desaparecidas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros não atualizaram os números de mortos e devem anunciar novo balanço no fim dos trabalhos de resgate desta quinta. “É um costume, quando encontramos um corpo, em respeito às crenças dos bombeiros e às vítimas, realizamos uma oração. Nesse caso, como estávamos atuando em equipes conjuntas e existia uma diferença de religião, no intuito de atingirmos um momento que agregasse a todos, ao invés de fazermos uma oração, optamos juntos por, a cada corpo encontrado, fazer um minuto de silêncio entre as equipes”.