Prefeitura Municipal deJoão Monlevade/MG
Foto: Werton Santos

Werton Conceição Santos*

Historicamente no Brasil as administrações de repartições públicas, em diversos níveis, apresentam apenas reações diante resultados não esperados. Resultados oriundos de projetos de governos em andamento ou anteriores.

     Discursos tortuosos para justificar o que não presta são sempre os mesmos: “Encontramos uma estrutura abandonada, destruída e estamos trabalhando pesado que recuperar e fazer bem feito”. E quando não tem como nomear um culpado, já soltam a frase: “Assumimos agora, não tivemos temos para acertar as coisas. Tem que ter paciência. ”

     É quando desconfiamos, e resta-nos crer que nada mudou, continua igual ou em alguns casos pior. Afinal já assumiram sabendo de tudo, a situação encontrada era apresentada em discurso de campanha. Demonstram desconhecer o que é administrar, definir metas, promover ações controláveis.

     Sem analisar detalhes, com olhar apenas sobre as movimentações na formação da máquina administrativa em número de comissionados e avaliando o grau de competência e domínio técnico dos novos agentes aos cargos nomeados, é notória a discrepância. Assistimos a nomeações de dirigentes escolares que combatiam modelo educacional pregado, entregam repartições públicas que alavancariam desenvolvimentos sociais como forma de compensações a quais se desconhece motivos, constantes trocas de responsáveis por pastas críticas e importantes para a proteção da saúde e da vida; entre outras ações administrativas que demonstram porque o ruim fica pior a cada dia.

    Este é o Brasil, assim são os estados e consequentemente os municípios. Infelizmente em nossa João Monlevade é o que acontece, quando assistimos discursos incompatíveis com a prática. Mas tem o contribuinte que paga a conta, que muitas vezes se calam e não apoiam aqueles cidadãos, que mesmo não ocupando cargo público, os representam na luta por uma administração pública competente e transparente.

*Professor Werton Santos – político, estudante, industriário e professor aposentado